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segunda-feira, 11 de março de 2013

Avaliação: Mercedes SLS AMG Black Series

A versão mais poderosa do Mercedes-Benz SLS está a caminho do Brasil. Com sobrenome AMG Black Series, chega no terceiro trimestre por cerca de R$ 1 milhão. Pelo menos 10 unidades devem ser oferecidas no País, segundo informações da marca.
Criado para oferecer alto desempenho, a Black Series é uma evolução do SLS “normal”. Apresentada no Salão de Los Angeles (EUA) de 2012, a edição traz o mesmo motor 6.2 V8, mas com 639 cv – ganho de 68 cv. O torque é de 64,35 mkgf.
O modelo é também 70 quilos mais leve e traz inúmeros recursos para acelerar nas pistas. Há, por exemplo, aerofólio, freios de carbonocerâmica, rodas de 19 polegadas na dianteira e 20 atrás e suspensão esportiva adaptável.
O pacote, que inclui transmissão automatizada de sete velocidades e dupla embreagem, torna o carro alemão feroz para devorar o asfalto de um circuito desafiador como o de Paul Ricard, na França. É tanta força que na reta principal é raro engatar a sétima (e última) marcha.

No fim desse trecho, o conta-giros quase belisca as 8.000 rpm e o velocímetro marca 260 km/h. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 3,6 segundos e a velocidade máxima é de 315 km/h, de acordo com a Mercedes-Benz.
O SLS Black Series faz o piloto acreditar que pode abusar da sorte. Mas recomenda-se não subestimar a máquina. Basta uma pisada mais vigorosa no acelerador nas saídas de curva para a traseira escapar, com direito a contra-esterço do volante, como se esse Mercedes quisesse dizer que não é dócil como pode parecer.
O difícil nesse carro é definir sua maior qualidade. Concorrem o feroz ronco emitido pelos escapamentos nas trocas de marcha, as suspensões muito bem acertadas, que grudam o SLS no chão, o modo esportivo que possibilita total controle nas trocas sequenciais de marcha por aletas no volante, a posição de dirigir de carros de competição…

Nas ruas, o motorista pode levar algum tempo para se acostumar com o amplo capô do esportivo e seu estreito campo de visão. Os retrovisores e a janela traseira não ajudam na hora de estacionar, por exemplo.
Mas nada disso compromete a diversão proporcionada pelo SLS AMG, que, não por acaso, é o carro de segurança da Fórmula 1.

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