Meu Véio V8: História: Kombi faz 55 anos no Brasil

História: Kombi faz 55 anos no Brasil

“Velha Senhora, Pão de Forma, Kombosa, Perua…” A Kombi tem vários apelidos e todo brasileiro com mais de 30 anos certamente já viveu alguma aventura a bordo ou envolvendo esse Volkswagen.
Criação do holandês Ben Pon, o modelo surgiu, como protótipo, em 1949, na Alemanha, onde era chamado de Kastenwagen – as vendas por lá tiveram início no ano seguinte. Aqui o carro foi rebatizado e, no dia 2 setembro de 1957 (foto abaixo), começou a sair da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde é produzido ininterruptamente até hoje.
Menos de quatro anos depois, surgiu a versão de seis portas. Em 1967 foi a vez da picape, que trouxe motor de 1.500 cm³ no lugar do 1.2 e substituiu o sistema elétrico de 6 volts pelo de 12 V.
Além da reestilização, que incorporou as linhas do modelo vendido até agora, em 1975 a Kombi ganhou motor 1.6 e, três anos depois, dupla carburação. Esse propulsor passou a ter versão a diesel em 1981, ano em que foram lançadas as opções furgão e picape com cabine dupla.
Em 1982 chegou o motor a etanol e em 1983 o modelo recebeu atualizações no painel. O freio de estacionamento, que era por alavanca no assoalho, passou para a parte inferior do painel.
O servofreio e os discos nas rodas dianteiras vieram em 1992. Cinco anos depois surgiu a versão Carat, com teto alto e porta lateral corrediça.
O motor 1.4 flexível refrigerado a água, mais recente novidade no modelo, veio em 2005.
Mas o veículo mais longevo do mundo e líder de vendas na categoria no Brasil deve sair de cena em breve. A partir de 2014 todos os carros vendidos aqui deverão ter air bag e ABS – a Kombi não pode receber essas inovações.
Repleta de fãs, como o jornalista Heródoto Barbeiro, que está na sétima, e o presidente da Gol Linhas Aéreas, Paulo Kakinoff, a Kombi deixará saudades.

ALMA HOLANDESA – Criada pelo holandês Ben Pon em 1949, a Kombi começou a ser feita no Brasil no dia 2 de setembro de 1957 (à esq.). Tinha motor boxer 1.2 e 50% de índice de nacionalização.

Na ativa – Presidente da Gol, Paulo Kakinoff tem um modelo 1959 impecável. “Eu a uso toda semana, no dia do meu rodízio”, diz.

Desbravadora – O sertanista Orlando Villas Bôas adorava guiar a ‘perua’ superequipada que ganhou de presente da Volks no início dos anos 70.

Flagra – Em 2005 o Meu Véio V8 flagrou a ‘nova’ Kombi, com motor 1.4 flexível refrigerado a água. Note a grade com ‘disfarce’.

Eletrificada – e-Bulli, que veio ao País na Rio+20, antecipa como seria a Kombi do futuro, tem motor elétrico de cerca de 115 cv.

Catatau – Dos modelos adaptados retratados nas páginas do Meu Véio V8, este foi encurtado em 1 metro e até empina ao acelerar.

Jovem há seis décadas – Ícone hippie nos anos 60, ganhou versão surfista em 2008, no Salão do Automóvel. Tinha até mangueira para limpar os pés antes de entrar.